O silêncio da terra sombria – 17.
Trémulo e cansado,
o animal ergue-se
sobre a escuridão:
é um desejo,
uma onda exaltada,
o vidro lapidado
na espessura do mundo.
Assim, trabalhava
pelas manhãs
o deus
em ânsia em desejo
talvez numa onda desenhada
ou na porta vidrada
a que chamam
à falta de melhor
coração.
[Jorge Carreira Maia, O Silêncio da Terra Sombria, 1993]
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