Uma mal dada
Os americanos têm uma obsessão com o sexo e, nada melhor, para animar a sociedade, enquanto se espera a próxima vaga de tiroteios nas escolas, do que um bom escândalo sexual. Agora foi a vez do pobre Eliot Spitzer, saravá…, governador de Nova Iorque, a deixar o cargo ao ter sido apanhado com a boca na botija, salvo seja. Consta que o senhor, com um casamento sólido e tradicional, era um moralista político, adversário da corrupção e da prostituição. Ora foi apanhado pelo FBI a contratar e a desfrutar da companhia de uma acompanhante. Esta história é elucidativa do way of life daquele país que não é para velhos. Em primeiro lugar, um casamento sólido e tradicional parece não dispensar umas companhias, o que, por certo, tornará tudo mais sólido, menos insípido e, por certo, menos solitário. Depois, já sabemos, os moralistas americanos são o que são, têm hormonas como os outros e pronto. Quando as hormonas ladram a boca saliva e zás… Por fim, descobrimos também que o FBI não tem mais nada para fazer do que espreitar as acompanhantes e aqueles que as acompanham. A única coisa que me ocorre dizer é que o senhor Spitzer, saravá…, deve achar que nunca deu uma tão mal dada.
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