11/03/08

A proposta de António Vitorino

A proposta de António Vitorino, fazer durante um ano e meio uma avaliação experimental em algumas escolas, está a ser lida erradamente. Por norma, os intérpretes, mais amigos dos métodos expeditos da ministra da educação, dizem que é uma forma de «engonhar» até às eleições, para ver se a coisa passa e os votos não se vão. Mas a verdade é que esta proposta é a única sensata do ponto de vista técnico e não político. Não se começa um processo de avaliação com uma experimentação em todo o universo atingido. Experimentar e observar o que acontece, incluindo os professores nessa observação, é a única maneira correcta de qualquer processo. Se há utilidade política nesta proposta, ela deriva da bondade técnica que a sustenta. Aliás, já no programa Prós e Contra, António Câmara, universitário e administrador da Ydreams, sugeriu o mesmo processo, explicando que foi assim que o introduziu na sua empresa, um universo muito mais pequeno que o dos professores da escola pública. Não é António Vitorino que está a jogar para o lado, é o processo vindo ministério da educação que está errado do princípio até ao fim.

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