O silêncio da terra sombria – 16. Cavalo
Cavalo acordado
o grito que dele havia
fulgurava pelas janelas
ou no ávido segredo
o oceano cobria.
Cavalo sem crinas,
folha de cedro
derramada,
garganta servil
escrita na água
letra de fogo
na extasiada verdura
onde se esconde
tinta de desejo
a frágil pele.
[Jorge Carreira Maia, O Silêncio da Terra Sombria, 1993]
1 comentário:
Oi Jorge,
uma delícia este poema! Se vc quiser, mas só se quiser, dê um pulinho no meu blog. Amei o seu!!!!
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