27/03/08

A cabeça dos governantes

O país está a acordar estupefacto para o que se passa nas escolas portuguesas. Trinta anos de facilidades, trinta anos de teorias pedagógicas erradas, trinta anos de complacência ministerial, mas também parental e escolar, estão a conduzir a escola portuguesa para um beco sem saída. O principal problema, porém, não está naquela rapariga que foi filmada ou noutras e noutros idênticos. O principal problema reside na inimputabilidade de quem gere a educação em Portugal. Melhor, o principal problema reside na cabeça dos governantes.

1 comentário:

maria correia disse...

No fundo, no fundo, a culpa é de um mal instalado...foi qualquer coisa que começou a acontecer logo a seguir ao 25 de Abril. Lembro-me de que, até à data, tratávamos os professores por «setoures» e «setouras», com muito respeitinho...e da figura do reitor então nem se falava...era o rspeito absoluto. No ano do 25 de Abril,´chegou à nossa turma um professor «moderno» que não queria que o tratassem com o devido respeito, ou seja, por professor ou por senhor doutor, mas que disse àquela malta toda que queria que o tratassem por...Pedro...oh Pedro para aqui, óh Pedro para acolá...para mim, foi aí que tudo começou. O caso é exemplar...ao «Pedro» seguiram-se as reformas todas «prá frentex», cheias de psicologias e de pedagogias e de outras ideologias.. e o respeito pelo professor foi-se perdendo...os pais «muito modernos» também ajudaram, com aquelas teorias de que somos todos iguais e do «tu cá tu lá» e de deixar que o menino chegue atrasado à mesa do jantar...
Aos políticos da área da educação subiu-lhes a «liberdade à cabeça», mais o Piaget e a «pobre criancinha que se não pode repreender nem castigar»...e os meninos foram crescendo com esta ideia de «liberdade» mal estruturada...todos. A menina que agrediu a professora nem sequer vem dos «pobrezinhos mal educados» deste país...é da classe média ou alta...e a professora o que faz? Desce ao nível da aluna e deixa-se entrar numa «rixa de mulheres», como se estivessem no meio da rua e onde só faltou arrancarem cabelos uma à outra. NUNCA aquela professora deveria ter descido a esse nível. É um mal instalado, uma mentalidade e que é preciso mudar. E não permitir que as decisões que vêm de cima continuem a alimentar esse mal.