O silêncio da terra sombria – 9.
Desabam palavras sobre as ruas,
sílabas na poeira do coração.
Iremos tão longe na terra, ouvi,
ao centro da palavra, ao som eterno
esboçado na boca desta frase…
Nasce assim um corpo magoado
ou uma crina de névoa a arder
na fútil gramática
que ao de leve
sobre a paisagem vai.
[Jorge Carreira Maia, O Silêncio da Terra Sombria, 1993]
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