O que quer Sócrates dos professores?
O conflito entre governo e professores, apesar da tentativa de amaciamento de ontem no Prós e Contras, continua em escalada. Os professores vêm para a rua e percebe-se que muita gente tende a compreender, apesar do esoterismo da matéria, as suas razões. O conflito passa pelos tribunais, mas passa também na opinião publicada. Aqui começamos a ver a artilharia para-governamental, com artigos inflamados a favor da ministra, mas pouco informados da substância do conflito.
Qualquer governo com sentido de Estado faria um compasso de espera e escutaria com atenção aquilo que os professores, não apenas os sindicatos, mas os professores que dão aulas, têm para dizer e, depois, tentaria compatibilizar as perspectivas. O governo decidiu mudar a educação de alto abaixo sem se preocupar com a opinião dos executores dessa mudança. Por este governo, os professores foram sempre tratados com desprezo, como se não passassem de gente menor, de gente incapaz de ter alguma ideia na cabeça.
Imaginemos que este braço de ferro entre ministério e docentes é ganho em toda a linha pelo governo. Que interesse haverá em ter nas escolas, a formar cidadãos, um corpo humilhado e ressentido? Terão os pais e os alunos interesse numa derrota e na humilhação, mais uma, dos professores? Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues já pensaram bem no que estão a fazer às escolas e aos alunos? Não aprenderam nada ontem com o professor Câmara? Não aprenderam com as sábias palavras sobre a experimentação, sobre a necessidade de tempo e de adequação? Não aprenderam nada com as palavras de Lobo Antunes sobre a necessidade de respeitar os professores? Escutar e compreender as objecções não é uma forma de respeito? E a mudança na educação não deverá ser feita em conjunto? O que quer Sócrates dos professores? Usá-los como bombos da festa e como troféu na disputa eleitoral? É isto sentido de Estado?
Qualquer governo com sentido de Estado faria um compasso de espera e escutaria com atenção aquilo que os professores, não apenas os sindicatos, mas os professores que dão aulas, têm para dizer e, depois, tentaria compatibilizar as perspectivas. O governo decidiu mudar a educação de alto abaixo sem se preocupar com a opinião dos executores dessa mudança. Por este governo, os professores foram sempre tratados com desprezo, como se não passassem de gente menor, de gente incapaz de ter alguma ideia na cabeça.
Imaginemos que este braço de ferro entre ministério e docentes é ganho em toda a linha pelo governo. Que interesse haverá em ter nas escolas, a formar cidadãos, um corpo humilhado e ressentido? Terão os pais e os alunos interesse numa derrota e na humilhação, mais uma, dos professores? Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues já pensaram bem no que estão a fazer às escolas e aos alunos? Não aprenderam nada ontem com o professor Câmara? Não aprenderam com as sábias palavras sobre a experimentação, sobre a necessidade de tempo e de adequação? Não aprenderam nada com as palavras de Lobo Antunes sobre a necessidade de respeitar os professores? Escutar e compreender as objecções não é uma forma de respeito? E a mudança na educação não deverá ser feita em conjunto? O que quer Sócrates dos professores? Usá-los como bombos da festa e como troféu na disputa eleitoral? É isto sentido de Estado?
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