O diletantismo de alguns inimigos
Sei que é difícil escrever contra comentadores e fazedores de opinião, eu que faço opinião, certamente paroquial, num jornal local, há longos anos. Paulo Guinote faz uma lista de comentadores que zurzem, com prazer, os professores. João Marcelino, Henrique Monteiro, Fernando Madrinha, José António Lima, David Pontes, Paulo Baldaia (aqui). Acrescento Emídio Rangel. Haverá, por certo, mais, e há blogues que sentem um prazer inaudito ao mostrar a inferioridade ontológica, quase que nos negam o estatuto de pessoas, do professorado português.
Há duas coisas que unem todos estes «inimigos figadais» dos professores. Não percebem nada de educação, não percebem sequer o que está em jogo. As suas opiniões sobre a realidade educativa têm o valor da conversa da treta. Pensam, porém, arrastados pela verborreia e pelo lugar social que ocupam que o que sai das suas cabeças é a verdade, talvez revelada por Deus. O que sai de lá, porém, nada tem a ver com conceitos sobre o que é melhor para a educação. O que lhes sai é apenas preconceitos, na dupla acepção da palavra: estereótipos, frases feitas e noções que não chegam a ser conceitos, são pré-conceitos. Que esta gente, que “pensa” de uma forma tão diletante, tão pré-conceptual, tenha o papel que tem na imprensa mostra bem o baixo nível da coisa.
Pode-se, óbvia e felizmente, discordar dos professores, mas seria interessante que rebatessem as ideias destes, aquelas que dão corpo à sua indignação, e, mais do que isso, mostrassem, uma vez na vida, que sabem pensar, mostrando a qualidade técnica das opções ministeriais. Coisa que, até hoje, ninguém verdadeiramente fez. Era tempo de passar dos pré-conceitos aos conceitos, era tempo de, no lugar da manipulação, haver pensamento. Mas isto será pedir demais a uma certa «malta» dos jornais.
Há duas coisas que unem todos estes «inimigos figadais» dos professores. Não percebem nada de educação, não percebem sequer o que está em jogo. As suas opiniões sobre a realidade educativa têm o valor da conversa da treta. Pensam, porém, arrastados pela verborreia e pelo lugar social que ocupam que o que sai das suas cabeças é a verdade, talvez revelada por Deus. O que sai de lá, porém, nada tem a ver com conceitos sobre o que é melhor para a educação. O que lhes sai é apenas preconceitos, na dupla acepção da palavra: estereótipos, frases feitas e noções que não chegam a ser conceitos, são pré-conceitos. Que esta gente, que “pensa” de uma forma tão diletante, tão pré-conceptual, tenha o papel que tem na imprensa mostra bem o baixo nível da coisa.
Pode-se, óbvia e felizmente, discordar dos professores, mas seria interessante que rebatessem as ideias destes, aquelas que dão corpo à sua indignação, e, mais do que isso, mostrassem, uma vez na vida, que sabem pensar, mostrando a qualidade técnica das opções ministeriais. Coisa que, até hoje, ninguém verdadeiramente fez. Era tempo de passar dos pré-conceitos aos conceitos, era tempo de, no lugar da manipulação, haver pensamento. Mas isto será pedir demais a uma certa «malta» dos jornais.
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