12/10/09

O tempo das metáforas



A metáfora é o resultado da acção da imaginação produtora, como diria Kant. E imaginação é coisa que não falta ao sagaz, tão sagaz quanto o divino Ulisses, professor Rebelo de Sousa. Para falar da liderança do seu partido, para manter em alerta o espectador, tece um véu de metáforas, umas piores que outras. Há que sarar feridas há muito abertas, alvitra. Consta que também quer estancar a balcanização do partido. Mas, fundamentalmente, quer uma solução madura para o seu PSD. O problema é se as feridas já gangrenaram, ou se os grupos balcânicos possuem demasiadas armas e não sabem o que fazer com elas, ou se a solução madura estiver praticamente podre. O mal das metáforas é introduzirem um elemento de ambiguidade no discurso que permite dizer tudo e o seu contrário. Chegou o tempo do fogo-de-artifício.

1 comentário:

Anónimo disse...

Penso que o Pedro Passos Coelho depois daquilo que andou a fazer durante a campanha perdeu muitos apoios, é uma questão de credibilidade. Quanto a Paulo Rangel, tenho as minhas dúvidas, a verdade é que está a crescer muito rapidamente, era militante do CDS-PP e de um momento para o outro pela mão de Aguiar Branco aparece como secretário de Estado da Justiça e depois como Líder da Bancada Parlamentar do PSD. Por fim consegui uma brilhante vitória nas europeias. Foi meu professor de ciência politica, é inteligente, consegue encantar multidões, mas acho que ainda é muito cedo para ele. Aposto no Rui Rio.
Cumprimentos