Impressões - XI
Pierre-August Renoir, Banks of the Seine at Champrosay (1876)
aceitamos o tempo como oferenda
e não vemos a garra erguida
na água que corre
nem sabemos a cor que terá
ao perder-se no estuário
às vezes tomamos uma ponte
e pensamos que nos furtámos
ao fascínio do rio
mas as margens não são habitação
e logo nos devolvem à viagem
1 comentário:
Uma das coisas que aprecio neste ciclo é a fluidez com que as frases se encadeiam para construir uma imagem ou impressão. Naturalidade, como um rio qye corre e, neste caso, a naturalidade do espírito viandante (Wanderer) de quem nunca se detém na margem...
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