19/10/09

Impressões - XVI


Edouard Manet, La Maison de Rueil (1882)

sonhava a casa como um navio
balançando em alto-mar
e nela o lume cantava
como ondas
sob a luz do temporal

das janelas vêm suspiros
o amor furtivo anuncia o dia
entre lençóis de linho
e a dor que se desprende
de uma ave ao cantar

1 comentário:

maria correia disse...

Leveza, doçura, bucolismo...quase um madrigal!