Leituras superficiais
A Igreja Católica tem uma funda sabedoria dada por dois mil anos de existência, mas os judeus são muito mais antigos e, por isso mesmo, mais sábios. Veja-se, por exemplo, o que o rabino Eliezer di Martino, responsável pela comunidade judaica de Lisboa, disse sobre o livro de Saramgo. José Saramago “não conhece a Bíblia nem a sua exegese”, fazendo “leituras superficiais das narrativas da Bíblia”. Eliezer di Martino recolocou a discussão no seu devido lugar. Depois, como resposta à afirmação de Saramago de que «o livro possa incomodar os judeus, mas isso pouco me importa», disse que «continuamos (os judeus) a existir e a acreditar naquele livro [Bíblia] desde há milhares de anos, embora tenhamos ataques e perseguições precisamente por acreditarmos». E encerrou qualquer tipo de polémica com o escritor.
1 comentário:
Ontem alguém dizia que tudo isto não passa de uma manobra de marketing para vender o livro...e claro que ajuda.Contudo, as afirmçaões feitas por Saramago «livro dos maus costumes», a referência a mitos mal compreendidos como o de Deus exigir a Abrãao que matasse o filho, enfim,revelam um desconhecimento total do autor do poder do simbólico. Sinceramente, apesar de não apreciar a escrita de Saramago com excepção talvez de A Morte de Ricardo Reis, tinha-o em maior consideração. E não creio que isto se deva à idade do autor.É uma mera birra idiota.
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