25/10/09

Impressões - XXI


Alfred Sisley, Dia de Viento en Veno (1882)

ardia o vento na coroa da tarde
mão presa na mão
sem pressa de liberdade
sem angústia por tal prisão

como folhas
os dedos tremiam
a humidade os acolhia

os campos podiam ceder
à luz da eternidade
as cidades arder
ao compasso da pulsação
mas o vento haveria de atear
o sangue que corria
do teu para o meu coração

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