Pouco qualificados
Isto explica com clareza e distinção as razões por que continua a haver grande insucesso escolar, mesmo que ele agora seja disfarçado, e nas estatísticas pareça estar a descer. A economia portuguesa continua a absorver uma grande percentagem de trabalhadores pouco qualificados, 31%, o mesmo que há duas décadas atrás. Aqueles que querem entrar no mercado de trabalho sentem que não precisam de qualificações para as tarefas disponíveis. Por que motivo teriam de estudar? O insucesso escolar não existe, é uma fantasia criada pelo burocratas da educação e por políticos falhos de causas. A escola portuguesa é demasiado boa para a sociedade em que se encontra. O fraco rendimento escolar de muitos alunos está justificado pelas expectativas de trabalho que têm no horizonte. Mais, a escola portuguesa é de tal maneira boa que tem produzido alunos com demasiada preparação para a economia do país. Veja-se o número de licenciados no desemprego. Esta é a realidade. O devaneio reside na ideia de que a escola vai mudar a sociedade, coisa que está na cabeça dos nossos governantes e pretendentes a tal. Quando as pessoas com baixa preparação escolar (não estou a falar de diplomas) perceberem que não arranjam trabalho, elas vão estudar e obrigar os seus filhos a estudar. E nem quererão Novas Oportunidades, mas ensino sério e rigoroso. Todo o resto é uma fantasia arquitectada por gente que vive nas nuvens ou que precisa desesperadamente de vender o eduquês para viver, e assim coloniza as escolas com idiotices sem fim.
1 comentário:
O "Novas Oportunidades" tem servido para os afilhados das cunhas acederem às funções para as quais não estão minimamente preparados. E também para fingir aos restantes(os futuramente excluídos), que não têm a sorte dos seus antecessores. Mas, de facto, estes só não serão analfabetos no papel. Abram a pestana, povo!
Saudações cordiais
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