05/02/08

Papel que se rasga - 8. O olhar perdido

O olhar perdido,
a areia húmida,
o céu suspenso
entre ramos
e lume matinal.

E tudo era espuma:
os dias que passam,
o corpo ao sabor das mãos,
as ondas quebradas,
talvez a terra frágil
de onde foge a solidão.

[JCM. Papel que se rasga. 1978]

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