O silêncio da terra sombria – 7. Outono azul
A fria luz ensurdece-se
sobre uma indústria esquecida,
naquelas cidades despojadas de mãos,
grávidas de olhos negros,
negros e densos como um outono azul
sobre a seara de pedra,
imortal e luminosa, a fumegar labaredas,
sôfregas labaredas que à morte
roubam a cárie a que chamas vida.
[Jorge Carreira Maia, O Silêncio da Terra Sombria, 1993]
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