26/02/08

Educação, um desperdício

Há um sintoma claro da falência da política educativa do governo. Em vez de se discutir, na esfera pública, por que motivo há más aprendizagens ou aprendizagens que não são realizadas, o Ministério da Educação conseguiu fazer convergir todos os olhares para a situação dos professores. Uma política feita de desconhecimento da realidade, fundada em preconceitos ideológicos, sustentada em truques provenientes dos «spin-doctors» governamentais e na mais pura má-fé, gerou a maior injustiça de que há memória entre professores e um caos burocrático indescritível na escola pública portuguesa. Só pelo facto de ter ocultado o essencial (a não aprendizagem dos alunos, repito), esta equipa ministerial mereceria ser despedida rápida e prontamente, e com justa causa. Três anos e uma maioria absoluta desperdiçados. É obra.

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