António Ramos Rosa - XII
Uma felicidade nos dedos
um fluir cálido o sol
captado no repouso sobre a mesa
e escrito aqui um sol tão rápido
Nada se separa sob os dedos
ignorantes por divisão do vidro
E se o pássaro fica
sem o canto
não o sabem os dedos
Eles deslizam sobre a superfície
na absoluta densidade indesvendável
António Ramos Rosa, O Incerto Exacto, 1982
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