Papel que se rasga - 6. Há um fulgor de silêncios
Há um fulgor de silêncios
na sombra desta casa
No soalho adormecem livros
restos de luz
nuvens de cinza
e um gesto de mágoa
a anunciar o tropel
da desolação
Depois um grito
devolve-me o mundo
como uma página branca
esquecida no chão
[JCM. Papel que se rasga. 1978]
Sem comentários:
Enviar um comentário