03/02/08

Papel que se rasga - 6. Há um fulgor de silêncios

Há um fulgor de silêncios
na sombra desta casa

No soalho adormecem livros
restos de luz
nuvens de cinza
e um gesto de mágoa
a anunciar o tropel
da desolação

Depois um grito
devolve-me o mundo
como uma página branca
esquecida no chão

[JCM. Papel que se rasga. 1978]

Sem comentários: