Não foi um acaso
Escola usou alunos para vender cartões de crédito. Por cada cartão, a escola ganhava 20 euros. "Escândalo" acabou após denúncia. Contrariamente ao que se possa pensar, esta escola não agiu contra o espírito do tempo, pelo contrário. Quando se ouve falar de autonomia da escola, a escola aberta à comunidade, etc., é disto que se está a falar e não de outra coisa. Veja-se a reacção benevolente do Ministério da Educação, para não dizer reacção incomodada com a ordem que se sentiu forçada a dar. Mas, para além desta benevolência ministerial, anote-se a concordância, segundo o jornal, da própria Associação de Pais. A retórica sobre autonomia das escolas visa isto, que as escolas se auto-financiem e que se criem condições para o Estado deixar de suportar o encargo. Desengane-se quem pensar que a autonomia das escolas se realciona com o poder de decisão pedagógica e a responsabilidade pelos resultados dos alunos. Isto não foi um acidente, mas apenas um modelo que foi aplicado demasiado depressa.
1 comentário:
Vender cartões de crédito é capaz de não ser muito diferente de vender camisolas, como sugeria a anterior titular da pasta da educação
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