Como destruir o que resta
Perante a gravíssima crise que atinge o país, o partido do governo não sabe o que mais há-de inventar para fingir que faz política. Agora lá volta o sacrossanto tema da regionalização. Esta gente não descansa enquanto não esfrangalhar o que resta do país e o entregar a 5 clones dos senhores Jardim e César. Eu que, em princípio, seria favorável à regionalização, como forma de governar e ordenar o país e fazer frente às assimetrias existentes, quando olho as experiências das regiões autónomas e as dos municípios, só posso esperar o pior. Tendo em consideração a cultura geral da classe política e a debilidade estrutural da Justiça, a introdução das regiões será a a vitória daqueles que acham que a política é um meio para enriquecer e dos que desejam, mais ou menos inconscientemente, rasgar a velha unidade nacional. As regiões serão apenas um primeiro passo, uma espécie de supermucipalização do país, mas aberta a porta, quem sabe o que por ela vai entrar?
1 comentário:
Teoricamente, também me parece bem, mas, a avaliar o que já temos por aí, de facto, nada de bom será de esperar.
Apesar dos muitos séculos da nossa história e da nossa identidade cultural, às vezes, pergunto-me se, num futuro longínquo e que não presenciarei, ainda existiremos como país. Bem sei que o futuro se faz hoje, mas parece-me que não andamos a fazer grande coisa por ele...
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