21/12/09

Biblioteca de Teoria Política



Em 2008 surgiu a Biblioteca de Teoria Política no catálogo das Edições 70. O livro inaugural, salvo erro, foi A Razão das Nações, Reflexões sobre a Democracia na Europa, de Pierre Manent. É, porém, em 2009 que o catálogo ganha um peso decisivo com a edição de três autores fundamentais. Friedrich Hayek, de quem se publicou O Caminho da Servidão; Léo Strauss, de quem se publicou Direito Natural e História. Robert Nozick, de quem se publicou Anarquia, Estado e Utopia. Todas as obras merecem leitura e estudo atento por quem se interessa pelo fenómeno político. Seja na perspectiva do politólogo (horrível vocábulo), seja para esclarecimento (isto é mesmo um desejo) da acção do militante político, seja, como no nosso caso, na perspectiva do contemplativo, isto é, da filosofia. Fica-se a aguardar, com muita expectativa, o futuro desta colecção. Amanhã falaremos de uma outra colecção, e de outra editora importante de textos políticos.

2 comentários:

José Ricardo Costa disse...

Fica-se a aguardar com muita expectativa o futuro desta colecção? Bem, se pensarmos que todos os agentes políticos irão, como é óbvio, ler estes livros, nomedadamente deputados, ministros, secretários e subsecretários de estado, directores gerais, assessores de gabinete, governadores civis presidentes de câmara, presidentes de junta,em suma, todos aqueles que estão envolvidos no governo da polis, seremos mesmo forçados a concluir que o futuro da colecção irá ser risonho como o Sol num dia de Primavera.

JR

Jorge Carreira Maia disse...

Penso que esse tom irónico omite uma realidade pregnante. Deputados, ministros, secretários e subsecretários de estado, directores gerais, assessores de gabinete, governadores civis, presidentes de câmara, presidentes de junta todos têm uma casa. Ora, isso é meio caminho andado. Pois quem diz casa diz escritório, quem diz escritório diz estantes, quem diz estantes diz livros. Embora as lombadas desta colecção tenham pouco potencial nessa área de mercado, já os títulos não ficam mal numa estante de um agente político. Portanto, o mercado é enorme, de facto.