Os russos, os americanos e nós pobres europeus…

Uma Europa encurralada. A Rússia já mostrou não estar pelos ajustes com a nova estratégia de defesa Ocidental. Sente-se ameaçada, mas a ameaça maior é a de perder a vantagem estratégica de poder exercer pressão sobre a Europa através da ameaça islâmica. A Rússia, nas suas renovadas ambições de superpotência, aposta forte na fragilização da Europa. Relativamente aos europeus, a situação é cada vez mais difícil: têm nos EUA um seu guarda-chuva, mas as pretensões de Washington de instalar 10 mísseis interceptores na Polónia e um radar de detecção na República Checa, ameaçam desencadear a ira russa e tornar o espaço europeu num sítio pouco recomendável. Tudo isto, para não falar da ameaça proveniente do médio-oriente, a qual está longe, muito longe de estar sanada. Como se vê a História está aí, bem viva, aliás demasiado viva para a tranquilidade das pessoas, mesmo se nos emancipámos dela, como disse Hannah Arendt.

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