12/06/07

Os socialistas e a liberdade

O recente desaguisado entre o Ministério da Educação (ME) e a Associação de Professores de Matemática, no qual esta Associação foi convidada a sair de uma parceria como ME por ter criticado, com razão, diga-se, a senhora ministra, a socióloga Lurdes Rodrigues, é mais um exemplo da difícil relação que a actual geração de dirigentes socialistas tem com a liberdade. Contrariamente à geração de Soares, Alegre e Zenha, ou a posterior, a de Sampaio, esta tem um desprezo olímpico pela liberdade de opinião e de crítica.

Na educação, então isso é notório há muito. Toda a estrutura escolar que começou a ser criada no tempo do Eng.º Guterres e do Eng.º Grilo, julgo que ambos pertencem à Ordem, estava pensada para tornar a escola num universo burocrático de perseguição aos professores. Como se sabe, devido à desistência do primeiro dos engenheiros, aliás de ambos, houve um interregno. Tendo os regentes fugido ou sido despedidos, o projecto concentracionário voltou pelas mãos de mais um Eng.º, embora não da Ordem, e de uma socióloga, parece que doutorada com uma tese sobre a profissão dos engenheiros, acolitada por um sociólogo e um homem de uma ESE (Escola Superior de Educação).

De projecto de engenharia em projecto de engenharia, os socialistas conseguiram já alienar o honroso e, em tempos, merecido título de guardiães da liberdade. Lentamente, os portugueses estão a descobri-los como inimigos firmes dessa mesma liberdade. O caso Charrua não foi um acaso, é a essência da coisa.

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