O silêncio socrático
Sócrates decidiu remeter-se ao silêncio, talvez por efeito mimético. Se a principal líder da oposição faz voto de silêncio, por que razão o chefe do governo não deveria imitá-la? Do ponto de vista táctico o jogo pode parecer virtuoso. Mas os problemas políticos do país, como a questão da segurança, não derivam do confronto entre as personalidades que apascentam os principais partidos. Eles afectam, efectivamente, os cidadãos. O chefe do governo está calado, mas toda a gente já falou, incluindo o Presidente da República e o dirigente comunista, Jerónimo Sousa. Se Sócrates não se cuida, até o secretário-geral do PCP parecerá, ao pé dele, um securitário.
1 comentário:
O homem tá de férias, contemplando, metafisicamente, o furacão que nos assola...
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