31/08/08
Vasco Pulido Valente - Só nos resta esperar...
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30/08/08
Se a moda pega...
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O empata Benfica
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O silêncio socrático
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29/08/08
Sinais dos tempos
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Segurança e outros equívocos sociologizantes
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Jornal Torrejano, 29 de Agosto de 2008
Na opinião, comece-se com o cartoon de Hélder Dias. Depois, leia-se de Carlos Henriques, 1.ª jornada sem surpresas. Francisco Almeida bisa com Hérnan Flores e Naufrágios, Miguel Sentieiro escreve Torcer o nariz e Santana-Maia Leonardo, Direita e esquerda.
Enquanto não vem a nova edição, vá vendo as últimas da região actualizadas no site do Jornal Torrejano. Bom fim-de-semana.
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25/08/08
O Presidente e a liberdade
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Independências
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Viva o padre Rungi
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Contabilidades olímpicas
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24/08/08
O triunfo de uma nação
Assim, o que esteve em causa não foi a disputa sobre a superioridade de um regime político-económico (socialismo versus capitalismo), mas a afirmação de uma potência ascendente na cena internacional. Desde a organização até à competição propriamente dita, a China nada descurou e obteve um triunfo em toda a linha. Mas que mensagens deixou a China ao mundo? Por entre a racionalidade que caracteriza os dirigentes chineses, ficou claro que a China quer ser mais do que uma potência de segunda ordem. Ela aspira ao papel de hiperpotência e mesmo ao de potência hegemónica. Em segundo lugar, tornou-se evidente que o horizonte para onde a China pretende caminhar não é o de continuar a ser eternamente o lugar da mão-de-obra barata. Quem aspira a hegemonia política mundial só o pode fazer se aspirar a ser também uma hiperpotência científico-tecnológica. Os jogos serviram para sublinhar este aspecto.
O mais curioso, todavia, é que o caminho que está a ser seguido não é, como aconteceu no Ocidente, o corte radical com a tradição. Pelo contrário, o que assistimos foi a uma subtil montagem onde tradição e modernidade se fundiram escoradas na afirmação do poder do Estado-Nação. Os Jogos Olímpicos foram o triunfo de uma nação, num tempo em que os políticos europeus não sabem que fazer com os seus próprios estados-nação.
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O caminho do nuclear
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23/08/08
O novo drama do PSD
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22/08/08
Medeiros Ferreira e as medalhas
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Volta a Portugal e Benfica
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Um mestre-escola
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Jornal Torrejano, 22 de Agosto de 2008
Na opinião, comece-se com o cartoon de Hélder Dias. Depois, Carlos Henriques escreve Porto, defesa de papel!, Carlos Nuno, A menina que se segue, Francisco Almeida, Pegar no bisturi, Marco Liberato, Sobre o Leste, nada de novo e Santana-Maia Leonardo, O assalto ao BES e aos reformados.
Para a semana haverá mais Jornal Torrejano. Um bom fim-de-semana e umas boas férias para quem de férias estiver.
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A deslocalização para Santo Tirso
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21/08/08
Floresta no Caramulo
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Os olímpicos portugueses
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Sobre a segurança interna
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O rosto humano
Deixemos de lado a questão política, e meditemos no par conceptual que estrutura a posição de JM Fernandes: rosto humano/rosto inumano. Há uma ideia perigosa neste tipo de abordagem, ideia essa corrente e que satisfaz o senso-comum e a autocomplacência com que os seres humanos se encaram a si-mesmos. Essa ideia reside em associar o que há de bárbaro no comportamento humano a qualquer coisa inumana. Este artifício tem como consequência iludir a realidade. Parece dizer: não, não foram homens que fizeram o gulag soviético, os campos de concentração nazis, a exploração desenfreada de certas fases do capitalismo, a deflagração das bombas atómicas em Hiroshima e Nagasáqui, a inquisição da Igreja Romana, as mil tropelias que ao longo de milénios têm entretido a espécie humana.
A violência, porém, é um traço decisivo do homo sapiens sapiens e nunca deixou de o acompanhar. Não apenas uma violência contra aquilo que na natureza o rodeia, mas uma violência contra a sua própria espécie. Mais, esta violência poderá estar relacionada com a sua espectacular capacidade de adaptação ao ambiente terrestre e ao triunfo e dominação sobre outras espécies. Ora, dizer que o gulag ou os campos de concentração são inumanos é transformar a violência produzida pelos homens na sua relação com os outros em qualquer coisa de metafísico, que está para além do homem e da qual, em última análise, a humanidade não seria responsável.
Por muito chocante que seja para as boas consciências, o gulag, a inquisação, os campos de concentração, as perseguições xenófobas, a violência racial, etc. são profundamente humanas. Qual a vantagem de pintar um quadro tão negro da humanidade? Numa primeiro momento, é não nos iludirmos sobre a nossa própria espécie e estarmos sempre prontos para perceber os sintomas da violência que se prepara – a retórica humanista criou um véu que impediu que muita gente percebesse a tempo os crimes dos campos de concentração nazis ou do gulag soviético – e, num segundo momento, tentar precaver a irrupção do irracional nas relações inter-humanas.
A retórica assente na oposição rosto humano/rosto inumano representa um pensamento preguiçoso, um pensamento que, por motivações ideológicas, se demite de pensar a natureza do próprio Homem. Há uma violência que nos constitui, uma violência que, a qualquer momento se poderá manifestar, e que se pode congregar nas próprias instituições humanas e tornar-se numa máquina de liquidação em série do próximo. Mas esta retórica elide também a verdadeira vantagem dos regimes democráticos. Estes regimes políticos não são regimes de «rosto humano», uma espécie de coro angélico da política. Como quaisquer outros regimes políticos, também os democráticos assentam na violência. Esta violência não é apenas aquela que se diz ser a violência legítima, da qual o Estado deve possuir o monopólio. Existe uma outra violência que se esconde sob o verniz civilizado das facções que se confrontam no espaço público. A sabedoria política da democracia reside no equilíbrio das potências violentas que se confrontam na sociedade. Dito de outra maneira, o respeito pela opinião e pelas decisões dos outros, bem como o Estado de direito, estão fundados no medo. Mesmo os partidos democráticos mais civilizados possuem na sua matriz um gene demasiado humano ligado à violência, ao terror e à irracionalidade. Deixados à solta, isto é, sem o terror da retaliação de outros, logo produziriam os seus gulags, os seus campos de concentração e os seus progroms.
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20/08/08
Cavaco Silva aumenta a pressão
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12/08/08
Um pássaro sibila
Escuto!
O voo do pássaro,
a flecha ciciante vai sem defeito.
O pássaro sibila,
a flecha descansa no peito.
JCM. Poemas dispersos.
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Conflito na Geórgia
Petróleo, hegemonia e neutralização da NATO. No Público, uma análise do conflito na Geórgia de Jorge Almeida Fernandes. Uma explicação das implicações geo-estratégicas do conflito, a sua conexão com as pretensões russas e os perigos para a Europa Ocidental.
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11/08/08
A visita
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Rui Moreira - A cenoura da consolação
A decisão de atribuir, anualmente, no Dia do Diploma, um prémio monetário aos melhores alunos do secundário, é uma daquelas notícias em que o nonsense dos governantes consegue ofuscar o do Inimigo Público.
Não, não se trata de reeditar o Quadro de Honra, em que a distinção era o justo prémio, nem a dispensa aos exames do liceu, que nos permitia entrar em férias mais cedo, no tempo da "outra senhora". Também não se oferece uma bolsa ou viagem de estudo, nem sequer um computador, porque o Magalhães virá de borla e para todos. É dinheirinho vivo, quinhentos euros por premiado, para comprar um I-Phone ou gastar no que lhe aprouver.
É extraordinário que este ministério, que fomenta o facilitismo para melhorar notas e as estatísticas, que adopta o "ensino-vaselina" para agilizar e embaratecer a passagem do aluno pela escola, que tem fobia do elitismo, que desautoriza os professores face a pais e alunos e prefere avaliar os docentes a examinar os estudantes, que contemporiza com a indisciplina, tenha o topete de criar este prémio, que em nada contribui para a cultura de mérito, que deveria incutir às crianças, desde cedo, o sentido de responsabilidade, afirmando o estudo como um bom investimento e o conhecimento como um instrumento essencial para a realização e felicidade futuras. Não serve, sequer, como prémio de consolação para os melhores e mais esforçados, obrigados a marcar passo pela política oficial, que não permite organizar as turmas em função do mérito relativo dos alunos, nem que os professores penalizem os que não estão interessados em aprender. Será que algum bom estudante, empenhado em conseguir notas para entrar na universidade pública e gratuita, vai estudar mais por 500 euros? Alguém acredita que, por isso, um aluno mau e indisciplinado vai passar a ser bom? E se são os mais fracos que precisam de ajuda para não ficarem para trás, não seria este dinheiro mais útil para viabilizar aulas adicionais de recuperação?
A ideia do dinheiro como isco é como a da cenoura que se pendura à frente do burro. Um truque de quem, com a consciência pesada por pouco fazer pelos piores, e por nada mais ter feito pelos melhores, os trata como se fossem asnos.
São, afinal, meras alvíssaras, que servem para que a ministra descubra, e depois exiba em dia próprio, os parcos sucessos. E, claro, esconda e omita os insucessos criados pelo jacobinismo do sistema educativo, pelo igualitarismo que nivela por baixo, pela destruição metódica da autoridade do docente pela ideia de que a avaliação punitiva é socialmente discriminatória e reprodutora de exclusão.
Tudo isto acontece a um ano das eleições. O Governo não melhorou a escola, mas vai distribuir dinheiro e computadores. O que seria demagógico, à direita, é inteligente e inovador quando vem da esquerda. Lembram-se do escândalo que foi quando, há anos, um candidato ofereceu varinhas mágicas e electrodomésticos aos eleitores? Mudam-se os tempos e as sensibilidades, e agora ninguém reclama. Mas, há coisas que nunca mudam e, por acaso, esse tal político até ganhou as eleições... [Rui Moreira, Presidente da Associação Comercial do Porto, Público de 11 de Agosto de 2008 - sem link]
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10/08/08
Combustões – sobre a China
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09/08/08
O castigo russo
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Ida à praia
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08/08/08
Jornal Torrejano de 8 de Agosto de 2008
Na opinião, comece-se com Carlos Henriques que escreve Benfica ainda não ganhou!, Jorge Cordeiro Simões, Viver Torres Novas em 2008 e Santana-Maia Leonardo, De pés para a cova.
Acabou-se, que é tempo de férias. Para a semana haverá mais Jornal Torrejano e notícia dele por aqui, se tudo correr como o previsto. Bom fim-de-semana.
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Poderes em ascensão II
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Poderes em ascensão I
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A retaliação russa
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07/08/08
A amargura da laranja
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Caminhos que levam a nenhures - VI
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Assaltos e outras diversões
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06/08/08
Hiroshima
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Dinheiro para os melhores alunos
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A emergência do Brasil
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Notícias do choque tecnológico europeu
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A Rússia e a União Europeia
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05/08/08
A anunciação
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O atentado na China
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04/08/08
Das virtudes no futebol
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O deslizar da linguagem
Eis como a linguagem desliza e sub-repticiamente parece apresentar um mundo absolutamente amoral. Os termos parceiro/parceiras são utilizados como forma de des-moralizar as situações amorosas e de torná-las num problema meramente técnico, que, eventualmente, dirá respeito a um conjunto de práticas terapêuticas, mas não ao mundo onde os seres humanos se confrontam com os valores que presidem aos seus comportamentos.
Todavia, a formulação da especialista em medicina sexual está cheia de valorações morais. Assim, as “que não querem um parceiro fixo” surgem com uma etiqueta que indicia um alto valor moral. Elas são «as independentes». Meditar sobre a significação do conceito de «independente» remete imediatamente para a dimensão da autonomia e da submissão a uma lei que se dá a si-mesmo, deixando a sugestão que as outras, as que possuem um parceiro fixo, são dependentes, o que, em linguagem moral, significa que são menores, que não atingiram a autonomia e, assim, se recolhem à protecção desse parceiro fixo.
Observe-se como uma linguagem pretensamente técnica e descritiva opera uma mutação na apresentação dos valores morais. Na tentativa de uma descrição moralmente neutra das relações amorosas, acaba por se manifestar um conjunto de perspectivas morais, que, agora, valorizam de facto um outro tipo de comportamento e um outro código de valores morais, diferentes dos habituais. Por muito que a linguagem pretensamente técnico-científica, seja ela proveniente das áreas da medicina ou da psicologia, queira retirar conteúdo moral à sexualidade humana, isso é manifestamente impossível. A própria linguagem acaba por trair estas estratégias e tornar evidente essa impossibilidade.
O mundo que emerge deste tipo de discurso não deixa de ser bizarro. Parece que o único problema destes novos modelos da moralidade sexual, «as independentes», é as férias. Não houvesse férias, e nada no seu comportamento faria bulir a sua consciência independente. Embora não se perceba bem porquê. Não são as férias, na mitologia das sociedades ocidentais, esse tempo feliz para os amores descomprometidos e sem parceiro fixo? Maldita linguagem que tantas armadilhas trazes aos advogados do Zeitgeist.
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03/08/08
Jornal Torrejano de 1 de Agosto de 2008
Na opinião comece-se cartoon de Hélder Dias, depois passe-se para o texto escrito: Carlos Henriques escreve A douta opinião, Carlos Nuno, Desilusões, este blogger, As cidades morrem como as gatas, Jorge Cordeiro Simões, De cima vem o exemplo, Marco Liberato, O regresso da caridade e Santana-Maia Leonardo, O Casamento.
Para a semana, caso não haja esquecimento ou outro contratempo, haverá por aqui mais notícia do Jornal Torrejano.
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A Queda
Encerra-se na figura do ditador uma certa simbolização do país e do povo que fomos, que talvez ainda sejamos. Mas essa simbolização não deve ser apenas compreendida como conjunto de características comunitárias que encontrariam na pessoa do antigo chefe do governo a sua expressão concentrada. A virtude de Salazar deve também ser vista como um negativo fotográfico, o outro lado daquilo que, como povo, temos de vicioso. É esta natureza simbólica da personagem, uma natureza ambivalente, que gera a relação de amor e de ódio que os portugueses mantêm com ela. Talvez o primeiro passo para a sua compreensão passe por uma espécie de psicanálise do símbolo que Salazar é, pelo menos para evitar as armadilhas da projecção e do transfert.
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02/08/08
Fogos
Campos de estrelas luzem
na noite avara. Assim são os fogos
se mãos na terra os fazem.
Jorge Carreira Maia. Poemas dispersos.
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A questão do regime
O que estamos a assistir é a mais uma recidiva do antiparlamentarismo português, encabeçada, como é hábito, de forma oblíqua pelo Presidente. Há um pressentimento em certos sectores de que o actual regime está gasto. Como não se vive em tempos – por enquanto – que permitam um regime de democracia muito limitada, a esperança do antiparlamentarismo português vira-se para a solução presidencialista. Por detrás destas posições está uma crença arreigada nas soluções providencialistas. É mais fácil um homem providencial salvar o país do que este encontrar o equilíbrio através do conflito parlamentar. O que me deixa perplexo, neste tipo de convicções, é a crença de que esse homem providencial estaria aí ao virar da esquina. O problema de Portugal, porém, não é do regime, seja parlamentar, semi-parlamentar ou presidencial. O problema é a cultura cívica instalada tanto na população como nas elites políticas. Não consigo perceber por que razão um presidente seria melhor governante do que um primeiro-ministro. Toda a retórica sobre a alteração do regime que por aí se desenvolve assenta num jogo de aparências que distorce a realidade política do país. Não será pelo facto de sermos governados por um presidente que deixaremos de ser quem somos e que esse presidente deixará de ser quem é. Não nos iludamos, com presidente ou com primeiro-ministro o espírito do tempo não deixa de ser o que é, nem as pessoas se converterão a uma espécie de santidade cívica. Se aquilo que está desagrada a muitos, pode haver dois caminhos diferenciados. O primeiro será o do retorno ao paternalismo; o segundo radicará numa atitude mais autónoma e exigente dos indivíduos que constituem a comunidade. Talvez a democracia portuguesa precise menos de uma alteração de regime e mais de um maior controlo por parte de cidadãos exigentes.
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