A Declinação da Sombra IV
Barcos de areia e salitre,
palavras na água imoladas,
lentas constelações sonâmbulas.
E nesse império de ondas arenosas,
há mulheres brancas e escalavradas,
sombras esmaecidas, esmagadas,
a corda a romper-se na fímbria da roldana.
Na mancha de tua face,
aí onde o sol se inclina,
sopra-me o lugar
em que o nome, o teu nome,
em dor se declina.
JCM, A Declinação da Sombra, 1998
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