Raiz de Maio - V De Maio o silêncio
De Maio o silêncio,
a voz surda ao cantar.
De Maio a dor,
o vento queima ao soprar.
De Maio a terra seca,
um olhar de cio e mágoa.
De Maio a morte e a raiz,
o metal ardente ao sair da frágua.
De Maio o gesto cansado,
o Verão iluminado e sem fim.
De Maio a terra e o sol,
o sílex a crescer no fundo de mim.
Jorge Carreira Maia, A Raiz de Maio (1993)
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