Santana Castilho - "Quando tudo é permitido e nada acontece"

Eu não sou um particular adepto da FENPRPF ou de qualquer outros sindicato dos professores, mas reparei muito bem naquilo que o professor Santana Castilho também reparou: na clareza com que Mário Nogueira desmentiu as atoardas que foram postas a correr sobre as posições dos professores e dos sindicatos sobre algumas das medidas do Ministério da Educação. Reparei, ainda, na «cara lívida de ódio» e no «"não tenho nada a dizer"» da senhora Ministra. Mas reparei também na forma como a comunicação social e a sociedade civil está disposta a sacrificar os professores portugueses. É esta a verdadeira força da senhora Ministra. Mas esta força é a mesma que, no tempo de Salazar, fez com que a escolaridade obrigatória passasse de 4 para 3 anos. Quem está nas escolas sabe muito bem o esforço que é necessário para ensinar a uma quantidade incalculável de alunos que não quer aprender, mas é sem surpresa que assiste ao sacrifício público do professorado às mãos de elites de 3.ª e de demagogos sem princípios. No fundo, a única coisa importante é que se salvaguardem os alunos que frequentam os bons colégios de Lisboa e Porto. O resto é para fazer de conta.
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