Aquilino Ribeiro e o panteão
É curiosa a reacção de certa direita, na blogosfera, à trasladação dos restos mortais de Aquilino Ribeiro para o Panteão Nacional. Espuma e esbraceja por tudo o que é blogue direitista e monárquico. Funda-se na obra de Rui Ramos sobre D. Carlos para ver em Aquilino o braço invisível que estaria do lado de Alfredo Costa e de Manuel Buiça, os regicidas. Há uma incapacidade democrática essencial: aceitar que as gentes de esquerda são tão portugueses como os de direita. Na verdade, o que muita dessa gente odeia, apesar de se dizer liberal, é a liberdade e Aquilino Ribeiro bateu-se por ela. O que é imperdoável. Há em Portugal uma fractura ainda longe de estar cerzida.
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