Colecção COW-BOY
Há um momento em que se dá a transição da leitura de histórias aos quadradinhos (livros de cow-boys) para histórias em texto corrido. Mais do que as aventuras da Enid Blyton, a colecção Cowboy, que apareceu em 1961, ainda antes de aprender a ler, fez essa mediação entre a literatura de raiz popular e as leituras eruditas. A colecção Cowboy era composta por livrinhos com 64 páginas, páginas pequenas, e 6 ilustrações. Li dezenas de historietas destas, não apenas da colecção referida, como de outras que apareceram a partir do sucesso desta. Lembro-me da colecção 6 Balas e Fúria de Bravos. Penso que ainda havia uma outra, mas já não me recordo do nome.
Eram histórias do oeste, marcadas por um problema fundamental: o da justiça. Havia sempre um cow-boy justiceiro, um bandido, por norma, pessoa influente, e uma rapariga que casava, quando casava, com o herói. Era um mundo simples o daqueles dias. Às vezes, confundimos a simplicidade com a bondade, mas não é a mesma coisa. Naqueles tempos, não havia professor que não franzisse o sobrolho se descobria um aluno a ler este tipo de literatura.
Eram histórias do oeste, marcadas por um problema fundamental: o da justiça. Havia sempre um cow-boy justiceiro, um bandido, por norma, pessoa influente, e uma rapariga que casava, quando casava, com o herói. Era um mundo simples o daqueles dias. Às vezes, confundimos a simplicidade com a bondade, mas não é a mesma coisa. Naqueles tempos, não havia professor que não franzisse o sobrolho se descobria um aluno a ler este tipo de literatura.
1 comentário:
Tem razão. Nesse tempo, o máximo admissível para um rapaz não perder a reputação era a leitura dos livros do saudoso Emilio Salgari (o do Sandokan) - a versão feminina era, salvo erro, a Condessa de Séguy!
No entanto o que os Professores (a maiúscula é propositada!) aconselhavam era a leitura do Júlio Verne (também de saudosa memória!).
Hoje, a leitura de uma colecção como a que refere, já mereceria um Prémio Nobel da Leitura!
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