Até aos 18 anos...
A frequência obrigatória da escola vai agora até aos 18 anos. Na Europa, com a excepção da Hungria e da Bélgica, também até aos 18 anos, todos os outros países têm os 16 anos como limite de obrigatoriedade. A nomenclatura educacional do regime aplaude. Os sindicatos, para além dos inevitáveis mas, são a favor e os representantes dos pais são a favor, inevitavelmente sem mas... Tirando os alunos, e estes pelos motivos de que se suspeita, ninguém se interroga verdadeiramente sobre a bondade da medida. Será bondosa a medida, num país que ainda não conseguiu fazer cumprir a escolaridade básica obrigatória? Será bondosa a medida, fundamentalmente na relação do indivíduo com a sua liberdade? Aos dezasseis anos, dever-se-á ter a liberdade de optar por seguir a escola ou não, dever-se-á ter a liberdade de arcar com o peso das escolhas que se faz. Será bondosa a medida, relativamente ao que vão ser as escolas secundárias com gente que as não quer frequentar? Ah, sim. A ministra conta com os professores para alterarem o mundo e a realizarem os seus devaneios. Uma das coisas que me tornou o Partido Socialista absolutamente odioso é a sua tentação a engenharia social. De um partido da liberdade, passou a ser um partido que quer impor pela coacção da lei o pequeno mundo que habita na cabeça dos seus dirigentes e dos governantes que escolheu. Por muito que se teça loas ao progressismo da medida, ela apenas faz parte de um conjunto mais amplo que tem por finalidade travestir a realidade e evitar as políticas que poderiam efectivamente contribuir para a melhoria do ensino e da instrução dos portugueses.
1 comentário:
Não, não é bondosa a medida. É malévola.
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