15/09/11

As tensões dos mercados


Os principais bancos centrais do mundo vão avançar com operações de injecção de liquidez nos bancos, para travar as tensões do mercado monetário. O interessante da situação é que ela reduziu a economia ao dinheiro, isto é, à pura informação. Não foram apenas os seres humanos que desapareceram da economia, também as mercadorias, os bens e os serviços se volatilizaram. Agora tudo se passa como se a vida material se tivesse reduzido a uma espécie de jogo do monopólio, mas de onde desapareceram as casas, os bairros, as estações, as companhias. Restam apenas as notas, transformadas num sinal electrónico no monitor de um magalhães (isto antes deste ter sido suspenso para avaliação). A verdade, porém, é que por todo o mundo, e com especial incidência em países como Portugal, a informação electrónica corre, em profusão, das nossas contas bancárias para os senhores do mercado monetário, talvez para lhes acalmar o nervosismo e as tensões. Coitados, há vidas duras.

1 comentário:

maria correia disse...

Estou cansada dos mercados...parece que nada se faz sem a autorização deles. Gostaria de os conhecer. Fala-se sempre no plural, deduzo que sejam mais do que dois. Onde se encontram? Como são? O que vestem? O que comem esses «seres» omnipotentes? Que língua falam? Que leis seguem? Ah, sim, calro, as leis deles, pois claro, as leis dos mercados. Andam muita svezes zangados, disso sei, por vezes acalmam-se e o ser humano sorri, aliviado, pacóvio, servo da gleba de senhore sfeudais que não são senhores. São...mercados. Enfim, ando cansada deles. Quero que morram.